quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Nostalgia Alcalina #01 - Insecta Sapiens (parte 01)

Tchê, puxa um banco confortável  e te aprochega, porque a postagem de hoje vai ser longa, vivente.

O ano era 2008 e tudo começou quando quatro amigos e colegas do curso de desenho do Dínamo Studio - ministrado pelo ótimo Daniel HDR - decidiram criar um fanzine em conjunto. Para isso, decidimos criar nosso próprio estúdio, o MIRUS.



Se alguém aí sabe o que é um fanzine, ou pior ainda, se alguém aí já tentou criar seu próprio fanzine, sabe como é uma tarefa quase impossível e que raramente da certo.

Bom, para criar um fanzine é necessário uma ideia interessante (pelo menos para seus criadores). Essa foi a parte mais fácil: Um Super Sentai voltado para adultos e com o tema de insetos. Assim, após muitos debates, comilanças e brigas, surgiu o INSECTA SAPIENS©!

O que vocês verão a seguir é um apanhado resumido de tudo que foi lançado relacionado ao nosso fanzine. Todo esse material pode ser encontrado no blog do estúdio Mirus. Pra refrescar a memória, eu postei aqui no blog há um tempo atrás duas ilustrações referentes a esse projeto: 01 e 02.

A sinopse era mais ou menos a seguinte:



"Num futuro próximo, a base de operações da Corium, uma organização secreta do governo, sofre uma explosão. O local abrigava experiências com humanos na procura dos soldados perfeitos: híbridos humano-insetos, também chamado de “ projeto Insecta Sapiens ”. Por várias vezes as experiências deram errado e como resultado foram obtidos humanóides defeituosos, praticamente insetos gigantes, que foram banidos para uma outra base oculta para que tal fato nunca fosse exposto ao público e aos contribuintes do projeto.
Porém, uma das experiências mostrou-se mais receptiva à combinação do Ácido desoxirribonucléico humano com o de um inseto e, por um momento, acreditou-se ter atingido o êxito tão esperado: um soldado que reagiria perfeitamente a todos os comandos, metade DNA humano, metade DNA de barata. Este, no entanto, acabou se voltando contra seus criadores e conseguiu escapar da base, salvando, mais tarde, outras experiências em fase de desenvolvimento: quatro jovens que acabaram tornando-se seus maiores aliados."
O Título e o logo do projeto foram criados pela Tae. Em seguida, foi iniciada a criação dos protagonistas. Os sketches iniciais ficaram por conta da Letícia:


Foi decidido que os personagens teriam uma aparência próxima da dos seus criadores (em outras palavras, nós éramos os protagonistas). Isso serviu para que durante a história todos personagens acabassem tendo a mesma importância, sem que nenhum deles se tornasse o personagem principal sozinho. Dessa maneira, foram criados os personagens: Leelandra (Letícia), Vincent (Gabriel), Jayden (Khriztian) e Megumi (Tae).



Cada um dos personagens tinha sua própria bioarmadura que representava algum inseto. Optamos por utilizar palavras em Latim para descrever as unidades ao invés de acabarmos escravos do inglês, como geralmente acontece nas HQs brasileiras. Leelandra era a unidade Fórmica (formiga), Vincent era a unidade Scarafaius (escaravelho), Jayden era a unidade Mantis (Louva-a-Deus) e Megumi era a unidade Papillon (borboleta).


Como ocorre em todos os tokusatus, é necessário que os personagens possuam um grito de transformação (os gritos para os golpes especiais foram abolidos nesse caso). Para que o grito não acabasse virando um "É hora de morfar! Borboleta!", decidimos que cada personagem teria que dizer uma palavra relacionada ao poder de sua bioarmadura, que serviria de senha para ativar os nanorobôs que criavam essa armadura (é, optamos por abolir fatores mágicos da nossa história também). Seguindo por esta linha de raciocínio, não poderia ser uma palavra que se usa no dia a dia, afinal, não queríamos que alguém acabasse se transformando sem querer enquanto batia um papo com o vizinho, não é?
Assim, as palavras escolhidas (também em latim) foram: Fortia (força), para a unidade fórmica, Defensa (defesa), para a unidade Scarafaius, Dexteritas (dextreza), para a unidade Mantis e Inteligentia (inteligência) para a unidade Papillon.


Uma outra dúvida que surgiu foi se devíamos seguir com a característica comum em todos super sentais onde os personagens só usam roupas com as cores referentes as cores da sua armadura ou não. No final decidimos que isso não fazia sentido nenhum, mas resolvemos fazer uma pequena homenagem aos tokusatsus que nos inspiraram a criar esse projeto fazendo com que, no início de nossa história, cada personagem estaria com um uniforme especial e cada uniforme teria a cor de sua futura bioarmadura.

Após os sketches de cada personagem em seu modo "dia a dia", era hora de criarmos as bioarmaduras. Essa tarefa ficou por conta do Khriztian:


Esta primeira bioarmadura foi criada para ser a unidade Blatta (barata), que seria o mentor e futuro inimigo dos heróis. Este foi o primeiro personagem a aparecer na história usando a bioarmadura (e o único que ganhou um fan art).

Aqui temos a bioarmadura da unidade Mantis. A única que possui armas. Nossa ideia era que, no decorrer da história, os personagens evoluíssem e suas armaduras mudassem de forma, cada uma gerando um poder especial novo. Todas os sketches de armaduras que serão colocadas aqui são referentes a forma inicial das bioarmaduras. As outras formas foram criadas, mas, infelizmente, nunca foram postadas na internet.


Aqui temos a bioarmadura da unidade Fórmica, que tem como principal habilidade a superforça.
Todos os personagens se transformam devido a um pequeno chip que foi implantado em seus pulsos, que liberam os nanorobôs que formam as armaduras. A criação da armadura, vista a olho nu, lembra uma gosma, que vai grudando e criando forma no corpo do hospedeiro, estilo o simbionte do venom.




A bioarmadura da Unidade Scarafaius tem como habilidade a defesa. Apesar de parecer pouco protegida, esta unidade pode criar uma espécie de campo de força, utilizando os nanorobôs. Ao lado de cada um dos sketches das armaduras, vocês podem ver um tipo de bracelete, que seria implementado mais tarde na história para controlar o fluxo de nanorobôs, permitindo que as outras formas das armaduras fossem ativadas.



E, por fim, temos a bioarmadura da unidade Papillon, a única com o poder de vôo. Infelizmente, assim como as outras formas das bioarmaduras dos heróis, os sketches da unidade Scarafaius e unidade Fórmica foram feitos, mas nunca foram postados na internet. Quem sabe uma hora eu falo com o Khriztian e a gente muda isso (falei com o Khriztian e encontrei em meus arquivos os sketches das outras unidades).

 Bom, eu não me lembrava que existia tanto material (e tanta história) pra postar sobre o Insecta Sapiens.

Sendo assim, resolvi dividir essa postagem em duas partes (se o restante todo couber na parte seguinte, claro) para que não ficasse um texto interminável aqui. Vou aproveitar e contatar os colegas do estúdio Mirus e ver se posso colocar aqui as imagens nunca antes divulgadas do projeto. Aguardem!

Vejo vocês mês que vem!



Comentários
3 Comentários

3 comentários:

  1. Isso chama-se vivência, meu amigo Gabriel! Tenho orgulho dos rumos que todos os meus queridos ex-alunos aqui tomaram, e espero vê-los trabalhando juntos em uma hq, ou em seus projetos próprios cada um, novamente!
    Abraços, meu velho!

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    Respostas
    1. Valeu, Tchê! Saiba que se não fosse pela tua ajuda e todos teus incríveis ensinamentos, nenhum de nós saberia nem metade do que sabe hoje! Abração, cara!

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  2. Nossa, como eu desenhava mal XD
    Mas sinto muuuuuuita saudade das nossas reunioes regadas a chocilate e coca-cola, q uma vez a Sara derrubou em cima das páginas XD Saudades de todoooos, temos q nos reunir novamente pra desenhar e jogar conversa fora =D

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